Nasceram em Cardiff, em 1978. Lançaram o seu único álbum, Colossal Youth, em 1980. Atuaram em Portugal em 2008 e em 2012, mas declararam-se definitivamente extintos em 2016. O disco de estreia regressa 40 anos depois, num par de edições digno de destaque. Como a sua música.
Originalidade e simplicidade, quase só contemplativa, definem o som dos Young Marble Giants. O grupo formou-se em Cardiff, no País de Gales, em 1978. Pode dizer-se que era um trio constituído pelos irmãos Philipe Moxham (no baixo) e Stuart Moxham (na guitarra rítmica e órgão elétrico), com a vocalista Alison Statton (que era também a namorada do primeiro). No entanto, não ficaria mal no retrato coletivo um quarto elemento, o primo Peter Joyce, especialista em engenharia eletrónica. É que os sons sintéticos de bateria, tão presentes na inconfundível música dos Young Marble Giants, foram originalmente criados e gravados por esse elemento quase invisível, mas com uma influência constante na sonoridade tão característica do grupo.
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Compositor, músico e produtor, deixou-nos imensos álbuns, duma música criativa e transversal, que tocava e beijava o clássico, o eletrónico, o ambiental, a pop e a world music. Uma música com uma raça única e bem definida: a humana!
Texto e entrevista de Luís Freixo e Gonçalo Calheiros
Doente desde o início do ano, Hector Zazou morreu a 8 de setembro de 2008. Tinha 60 anos apenas. Nesse mesmo ano viu ainda sair mais dois novos álbuns com o seu nome, a juntar a uma extraordinária e imensa discografia: primeiro saiu o eclético Corps Électriques (em parceria com Katie Jane Garside, Bill Rieflin, Lone Kent e Nils Petter Molvær) e, depois, In The House Of Mirrors (com o quarteto indo-usbequistanês Swara). Um par de anos depois, em 2010, foi publicado o álbum original, mas póstumo, Oriental Night Fever (um reinterpretação orientalizada de êxitos da pop music dos anos 70 e 80, gravado na companhia da cantora e do instrumentista italianos Barbara Eramo e Stefano Saletti). Já em 2012 surge também The Arch, com o quarteto vocal feminino búlgaro Eva Quartet, agregando ainda muitas participações que se poderiam dizer ser de luxo, como as de Djivan Gasparyan, Bill Frisell, Robert Fripp, Ryuichi Sakamoto ou Laurie Anderson.
Esta é a segunda e última parte da entrevista que recuperámos do folheto MINIMAL, editado pela audEo em 1994, quando Hector Zazou se apresentou ao vivo em Portugal. No seguimento da primeira parte, aqui publicada, assim prosseguimos esta conversa que terminou sem nunca ter terminado. É que com ele todos os diálogos subsistem, para além do tempo e do lugar.
Da música clássica com sensibilidades cinematográficas à folk cantada por uma menina com voz de mulher, sem esquecer a eletrónica saltitante de um quarteto de órgãos. Também destas singularidades se faz a Islândia musical que hoje continuamos a percorrer.
Texto de José Miguel Lopes
com fotografia de Luís Freixo
Na passada semana, aventurámo-nos num dos tipos de viagem mais económicos e seguros que poderíamos fazer em tempos de pandemia: aquela que nos permite conhecer latitudes, saborear texturas e contemplar paisagens sem sair do lugar. Não, não fizemos nenhum passeio visual pelo Google Maps. Mas explorámos, auditivamente, alguns dos mais interessantes monumentos da música feita na Islândia.
Conhecida como um dos últimos lugares do mundo a ser habitado pelo Ser Humano, a mítica ilha nórdica tem fascinado gente de todo o globo, seja fruto da qualidade de vida que por lá se respira (pista: quase toda a Energia produzida naquela país é de origem natural e sustentável), seja pela idiossincrasia que associamos à pop, ao rock, à eletrónica e até à música clássica feita na Islândia. |
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