Experimentalismo, rebeldia, amplitude, ecletismo, ambição e criatividade são substantivos que constam em qualquer bom dicionário da língua portuguesa. Por coincidência, são também palavras que usamos para descrever as bandas associadas ao movimento krautrock. Cá vamos para a segunda parte!
Texto de José Miguel Lopes
Se bem se lembram, no artigo anterior procurou-se provar como, ao contrário daquilo que as ideias feitas nos diziam, nem todos os alemães tinham de ser necessariamente frios, severos, distantes ou formais. Bem pelo contrário, mostrou-se como o povo germânico – representado pelo rock pioneiro dos NEU!, pelo experimentalismo sónico de Cluster ou pela eletrónica robótica dos Kraftwerk – também se sabia divertir, conseguindo a proeza de cativar e inspirar o resto do mundo a fazer o mesmo.
Mas se parecia haver, ainda assim, algo de vagamente ‘alemão’ no modo como estes grupos expressavam as suas sensibilidades, hoje vamos dar outro passo em frente e falar de três espécies de apátridas musicais. E digo isto porque, embora os seus bilhetes de identidade indicassem que nasceram ou cresceram no grande país europeu, os nossos convidados de hoje assemelham-se mais a extraterrestres que vieram de um outro mundo para redefinir as regras do nosso.
Mas se parecia haver, ainda assim, algo de vagamente ‘alemão’ no modo como estes grupos expressavam as suas sensibilidades, hoje vamos dar outro passo em frente e falar de três espécies de apátridas musicais. E digo isto porque, embora os seus bilhetes de identidade indicassem que nasceram ou cresceram no grande país europeu, os nossos convidados de hoje assemelham-se mais a extraterrestres que vieram de um outro mundo para redefinir as regras do nosso.