Artista conceptual, ativista da paz, cantora, feminista e alma atormentada. Muitos são os epítetos que se podem colar a Yoko Ono. Numa época em que as desigualdades se mantêm, pergunta-nos se temos olhado o horizonte.
Texto e fotografias de José Miguel Lopes
Nasceu no Japão, mas foi na América que cresceu como artista. Abraçou imensas formas de expressão, mas foi a música que fez correr mais tinta. Era a mulher que supostamente ‘não sabia cantar’, mas que acabou a influenciar diferentes gerações de artistas. Ainda hoje continua a despertar ódios, enquanto outra metade da internet a defende com unhas e dentes. Para muitos, é ‘apenas’ a polémica viúva de John Lennon, embora tenha sido uma das vozes mais ativas na defesa da igualdade de género, lutando por uma noção de progresso ainda premente.
Pois é. À imagem de outros que surgiram antes dela, Yoko Ono representa aquela mosca que pousa no nariz das convenções, incomodando-as com o seu ‘ruído’. Foi o que terá acontecido, no início do século passado, com a eclosão das vanguardas europeias, que tentavam obviar duas Guerras Mundiais. Algo de semelhante foi o que também ouvimos, já nos anos ’60, quando Bob Dylan pegou numa guitarra elétrica para amplificar o seu protesto e Andy Warhol ousou financiar a gravação de um álbum dos Velvet Underground – banda composta por gente da má vida que, pelos vistos, só ia fazer barulho.
Ocasionalmente, o mundo parece precisar deste tipo de sismos. E o começo dos anos ’70 lá nos traria outro.
Pois é. À imagem de outros que surgiram antes dela, Yoko Ono representa aquela mosca que pousa no nariz das convenções, incomodando-as com o seu ‘ruído’. Foi o que terá acontecido, no início do século passado, com a eclosão das vanguardas europeias, que tentavam obviar duas Guerras Mundiais. Algo de semelhante foi o que também ouvimos, já nos anos ’60, quando Bob Dylan pegou numa guitarra elétrica para amplificar o seu protesto e Andy Warhol ousou financiar a gravação de um álbum dos Velvet Underground – banda composta por gente da má vida que, pelos vistos, só ia fazer barulho.
Ocasionalmente, o mundo parece precisar deste tipo de sismos. E o começo dos anos ’70 lá nos traria outro.